PROPAGAÇÃO ASSEXUADA
Partes de uma
planta, como a raiz, o caule, as folhas, as brotações e até mesmo o pólen, tem
a capacidade de regenerar e formar uma nova planta. Essa regeneração é possível,
pois cada célula presente nestas partes vegetais contém toda a informação
genética necessária para gerar um novo indivíduo, o que chamamos de totipotencialidade das células
somáticas. Desta forma, estamos utilizando o método de propagação vegetativo ou assexuado.
A propagação
vegetativa possibilita a multiplicação de plantas que não produzem sementes
viáveis ou que não produzem quantidade suficiente de sementes ou ainda, que não
as produzem, tais como a laranja Bahia, algumas variedades de uva, a bananeira,
etc.
Com a propagação
vegetativa, a boa combinação de caracteres genéticos, apresentada por certos
indivíduos, pode ser perpetuada, obtendo-se plantios mais uniformes, mais
produtivos, mais precoces e com melhor qualidade dos produtos obtidos.
A propagação
assexuada é especialmente útil, então, para manter a constituição genética de
um clone ao longo das gerações. O clone é definido como sendo o material
geneticamente uniforme derivado de um só indivíduo e que se propaga de modo
exclusivo por meios vegetativos como estacas, raízes, folhas ou enxertos.
Assim como na propagação sexuada, a escolha das matrizes é fundamental para o
sucesso da propagação e para a qualidade da muda. As plantas matrizes devem ser
obtidas em órgãos oficiais de pesquisa (EMBRAPA, Órgãos Estaduais,
Universidades, dentre outros) ou em empresas idôneas, ou ainda, caso haja
tecnologia adequada, no próprio viveiro. Os processos de propagação vegetativa usualmente
empregados para frutíferas são: estaquia,
enxertia, mergulhia e cultura de tecidos.
ESTAQUIA
Estaquia é o termo utilizado para o processo
de propagação no qual ocorre a indução do enraizamento adventício em segmentos
destacados da planta mãe. Estaca ou
bacelo é qualquer segmento da planta mãe, com pelo menos uma gema
vegetativa, capaz de originar uma nova planta.
As principais
vantagens e desvantagens da estaquia são as seguintes:
ENXERTIA
A
enxertia é o método de propagação assexuada que consiste em se unir duas ou
mais porções de tecido de modo que a união destas partes venha a constituir-se
em uma nova planta. É um dos principais métodos de propagação e é largamente
utilizado em um grande número de espécies, tais como os citros, pessegueiro,
ameixeira, goiabeira, macieira, pereira, abacateiro, entre outros. A grande
importância da enxertia deve-se ao fato de que, na verdade são conjugados os
aspectos favoráveis (vigor, tolerância a fatores bióticos e abióticos adversos,
produtividade, entre outros) de duas ou mais plantas às quais podem ser de uma
mesma espécie ou de espécies ou até mesmo gêneros diferentes.
.Borbulhia
Quando
o enxerto consiste de uma gema com uma pequena porção de casca, com ou sem
lenho. Este método é muito utilizado para a propagação dos citros.
. Mergulhia
É o
método de propagação assexuada no qual o enraizamento de uma porção da planta,
normalmente um ramo, é obtido com esta porção ainda unida com a planta-mãe.
Após a formação de raízes, a porção enraizada é destacada da planta-mãe.
A mergulhia é utilizada comercialmente na propagação de porta-enxertos de
macieira (mergulhia de cepa), de mudas de lichieira e nogueira macadâmia
(alporquia), entre outras espécies. A mergulhia é especialmente interessante
para propagar espécies com grande dificuldade de formação de raízes.
Os fatores que favorecem a regeneração de plantas através da mergulhia são a
ausência de luz (que provoca estiolamento do ramo e, por conseqüência, acúmulo
de auxinas e redução dos teores de lignina e de compostos fenólicos), cobertura
com solo úmido e poroso, nutrição adequada e elevada atividade fisiológica da
planta mãe, pouca idade dos ramos, aplicação de fitorreguladores e prática de
anelamento
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